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domingo, 22 de maio de 2011

Falar certo virou preconceito lingüístico.

 
Uma corrente de professores de lingüística defende a idéia de que não existe certo e errado na língua portuguesa, mas que a norma culta, ensinada na gramática, é só mais uma entre as várias maneiras de expressar-se. O livro Por uma vida melhor pago e distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) foi adotado nas aulas de português de meio milhão de estudantes do ensino fundamental. Prega-se que a língua culta é instrumento de dominação das elites e que ao falar como bem entender o sujeito pode sofrer preconceito lingüístico, como é exemplificado no trecho retirado do livro:

Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar ‘os livro?.’”
Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você pode correr o risco de ser vítima de preconceito lingüístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas.

Eu sou amante apaixonada da leitura, tenho isso como o melhor dos meus hábitos. Vejo meu gosto por leitura como uma graça me dada e muito bem cultivada pela minha mãe. Tenho o mundo ali ao alcance das minhas mãos. Deleito-me rindo, chorando, sentindo, vivenciando todas as emoções que a leitura me proporciona.
Entristece-me ver essa situação. Como essas crianças vão ser ensinadas? Como vai ser cultivado nelas o prazer da leitura? Depois de alfabetizadas saberão interpretar o que as palavras expressam? Entenderão as belezas escondidas nas entrelinhas?
O governo, não bastasse ser conivente com a deseducação, esta patrocinando e distribuindo a ignorância.

domingo, 1 de maio de 2011

Foram-se as flores.














A reforma leva com ela as árvores, aquelas velhas árvores que estavam ali desde sempre (para mim, com meus 21). Elas que acolhiam tantos passarinhos, faziam me sentir de certa forma privilegiada por ainda poder ver nos dias atuais a revoada de periquitos verdes, andorinhas azuis e outros mais de cores diversas vindo para seus ninhos no crepúsculo.




Sentirei falta das velhas arvores e seus inquilinos que tanto me encantavam com seus livres vôos rasantes, suas danças aéreas apressadas com o pressentimento da chuva. As folhas caindo no outono e como preenchiam a rua de cor na primavera.





Fica aqui de maneira singela meu adeus a natureza e minhas boas vindas a modernidade barulhenta e poeirenta dos carros, transeuntes e afins. 
Tantos anos derrubados em poucos segundos.

 

 Veja a matéria sobre a obra do Canal Lava-Pés:

O jornalista