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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nota não é causa, é consequência!



Quando os alunos compreenderem que nota não é causa e sim consequência, seres inertes e apáticos se tornarão sujeitos aptos até a formular pensamentos. Pensando e logo existindo. Sujeitos cognitivos, sensitivos, sofrendo de pathos pelo conhecimento. Já dizia Platão, é um árduo caminho para sair da ignorância.

Ah sim, como é simples, fútil e inútil a vida da anestesia. Mas para aqueles que buscam mais, que se perguntam o porquê de todo esse discurso que lhes é empurrado e às vezes até decorado. Esses verão o oásis e hão de se divertirem com os absurdos alheios, de se encantarem com os pormenores nas entrelinhas.

E quando requisitados e também quando não; vão defender, argumentar, discursar sobre suas vontades de verdades. E perceberão que no momento que falam, uma voz oculta os precede e sua fala é mera repetição camuflada (seres camaleônicos). E no fim, todos são submissos a essa precária sintaxe, arbitrária em demasia, obediente ao ritual da circunstância.

Indivíduos que só têm de individual a diferença com o outro; mas há sempre um igual, aqui e ali lhes doutrinando. Por fim, enfim, esses alunos almejarão boas notas, não pelo erro de acharem que elas lhe garantirão alguma coisa, mas sim porque elas serão o reconhecimento do seu esforço, no doloroso processo de ver a luz.

Laíse Galvão


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