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segunda-feira, 24 de maio de 2010

O devastador que virou plantador.


Seu Manuel trabalhava na roça, se via árvore atrapalhando seu caminho a enxada cantava.
Hoje Seu Manuel trabalha na universidade e conta com orgulho das mais de 3 mil árvores que plantou e refere-se a elas como filhas que viu crescer, crescer tanto, que Seu Manuel nem consegue mais alcançar seu topo.
Seu Manuel que lida com tanto carinho e agilidade da mata, vive sorrindo na calmaria, mas no fim de semana Seu Manuel deixa suas filhas e vai lhe dar com um bicho complicado chamado gente. Entre uma bandeja e outra no seu bar, Seu Manuel lembra saudoso do seu amigo fanfarrão, um bezerro, que vive lhe perturbando, seu companheiro que lhe faz rir das suas travessuras.
A semana recomeça e Seu Manuel volta para mata da universidade, para plantar novas sementes, ouvir o canto dos passarinhos e contar suas histórias para alunos transitantes dispostos a lhe ouvir. E assim, nós vemos que ali de passagem pelos cantos dessa UESC escondem-se histórias que nos comovem ao mostrar que ainda existe esperança para essa terra de matança.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto moça, é interessante pensar que muitas vezes passamos por pessoas que tem muitas histórias pra contar, mas a correria do dia-a-dia, faz com que passemos despercebidos por verdadeiras relíquias.
    abs

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