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terça-feira, 1 de junho de 2010

Minha ravolta não foi sem causa!




Muitos dizem que adolescente se revoltam sem motivo, contesto veementemente. Acredito que cada fase é essencial para formação do sujeito.

E aqui declaro minha revolta juvenil teve (tem) causa, é um indignar-se com as coisas erradas do mundo.

A explicação plausível? Simples. Quando despertamos da posição fetal onde temos a constante proteção materna e saímos ansiosos para desbravar o mundo, não temos em mente que o tão sonhado mundo externo é cheio de defeitos. E alguns não têm esse que de achar que tudo é normal; os adolescentes querem sempre o novo e moderno, ainda não foram contagiados com a apatia, inércia, comodismo da multidão.

Minha revolta teve causa, as divisões sociais, a corrupção, os preconceitos, a violência, a futilidade, ... E digo mais, cheguei a um dia sonhar com uma anarquia utópica, onde não se precisaria de governo porque ninguém iria querer dominar o outro, não se precisa de dinheiro porque cada um exerceria sua função e a comida seria para todos, os bens materiais também.

Hoje desiludida com o mundo, com os seres humanos eu sei que isso é sonho daqueles que só existem no mundo imaginário.

Mas digo, repito e falo novamente, minha revolta não foi sem causa, hoje sou o que sou por causa de uma revolta na adolescência faz parte do meu ser, e ainda prefiro ser uma revoltada que uma acomodada com toda essa merda (desculpem o termo, mas é o que é). Não preciso mais de toda a indumentária com a qual desfilava em forma de protesto, não preciso mais de roupas pretas e maquiagem pesada como máscaras de um ser camaleônico querendo ser identificado.

Hoje minha revolta é comportada, me limito a pedir que não joguem lixo no chão na minha frente, a tentar conter quem maltrata animais, e bater boca quando vejo uma pessoa com uma visão de mundo muito limitada. A fazer um texto na esperança de comover alguém a se revoltar também. Revolte-se como toda essa merda, não diga que é normal, não se acomode a ela!


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